terça-feira, 19 de maio de 2015

Deliciosamente... 30! (tá bom! 33!)


Repita 33. É isso que eu tenho feito, insistentemente, para acreditar que, enfim, cheguei aos 30. Passei dos trinta. Posso jurar que há segundos atrás eu tinha vinte e poucos e era uma tonta qualquer, sonhando com uma vida de cinema. Se lá trás, na casa dos vinte, eu tivesse a cabeça que tenho hoje, teria, com toda a certeza, conquistado o mundo. Mas estou no processo.

Depois de me acostumar com o som estranho dessas seis letrinhas – T-R-I-N-T-A-, parei de enxergar as rugas, novas companheiras, e passei a ir ao encontro do que de bom há para se buscar nesta fronteira inexplorada. Ao parar para ver o que há de bom, eu tive gratas surpresas.

Descobri que, depois dos trinta, a liberdade é maior. Liberdade em todas as suas nuances – sexual, verbal, de pensamento, de crença e de um vá se foder fantástico. Liberdade de dizer não e de libertar-se do que escraviza e faz sofrer. Perdi muito tempo dos meus vinte e poucos com pessoas que açoitaram minha alma e embotaram minha evolução. Agora ando pra frente, cabeça erguida e um porrete em riste, pronto pra assolapar quem quiser me encher o saco.

A sensação de ter perdido tempo, de repente, começa a esvair-se e a dar lugar a uma energia transformadora. Aos trinta, me descobri mais forte, apesar de não menos chorona; compreendi que sempre há tempo para recomeçar, apesar de todos os tropeços; entendi que a vida é uma só e que é preciso, sim, aproveitar os pequenos prazeres; e que até o casamento fica mais interessante quando a gente se permite ter 33. Ow yes, baby!


Balzaquiana que sou (licença poética, Janine!), desenvolvi um humor sarcastico deliciosamente endiabrado. Acumulei conhecimento, o que, por certo, me tornou em uma mulher muito mais interessante. Me enxergo mais sensual, mais bonita – apesar das gordurinhas que me acompanham, intrometidas -, tenho mais ciência do meu corpo e do que é legal para mim. Sei o que quero, para onde vou e o que fazer para chegar lá (pelo menos eu acho que sei). O fato é que, a caminho dos enta, perdida não estou. Se sou loba?! Francamente: tudo é questão de ponto de vista.

5 comentários:

  1. Gostei muito!!! E dou licença sempre :)! Concordo sobre isso da liberdade!!! Total!!!

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    1. Total mesmo! Liberdade para ir e vir sem as "pudicices" da maior-idade recém conquistada.

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  2. FAN-TÁS-TICO.............. MUITO MUITO MUITO BOM.... Adoro esse teu humor.

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  3. Minhas companheiras de trinta! somos fantásticas!

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