Repita 33. É isso
que eu tenho feito, insistentemente, para acreditar que, enfim,
cheguei aos 30. Passei dos trinta. Posso jurar que há segundos atrás
eu tinha vinte e poucos e era uma tonta qualquer, sonhando com uma
vida de cinema. Se lá trás, na casa dos vinte, eu tivesse a cabeça
que tenho hoje, teria, com toda a certeza, conquistado o mundo. Mas
estou no processo.
Depois de me
acostumar com o som estranho dessas seis letrinhas – T-R-I-N-T-A-,
parei de enxergar as rugas, novas companheiras, e passei a ir ao encontro do
que de bom há para se buscar nesta fronteira inexplorada. Ao parar
para ver o que há de bom, eu tive gratas surpresas.
Descobri que, depois
dos trinta, a liberdade é maior. Liberdade em todas as suas nuances
– sexual, verbal, de pensamento, de crença e de um vá se foder
fantástico. Liberdade de dizer não e de libertar-se do que
escraviza e faz sofrer. Perdi muito tempo dos meus vinte e poucos com
pessoas que açoitaram minha alma e embotaram minha evolução. Agora
ando pra frente, cabeça erguida e um porrete em riste, pronto pra
assolapar quem quiser me encher o saco.
A sensação de ter
perdido tempo, de repente, começa a esvair-se e a dar lugar a uma
energia transformadora. Aos trinta, me descobri mais forte, apesar de
não menos chorona; compreendi que sempre há tempo para recomeçar,
apesar de todos os tropeços; entendi que a vida é uma só e que é
preciso, sim, aproveitar os pequenos prazeres; e que até o casamento
fica mais interessante quando a gente se permite ter 33. Ow yes,
baby!
Balzaquiana que sou
(licença poética, Janine!), desenvolvi um humor sarcastico
deliciosamente endiabrado. Acumulei conhecimento, o que, por certo,
me tornou em uma mulher muito mais interessante. Me enxergo mais
sensual, mais bonita – apesar das gordurinhas que me acompanham,
intrometidas -, tenho mais ciência do meu corpo e do que é legal
para mim. Sei o que quero, para onde vou e o que fazer para chegar lá
(pelo menos eu acho que sei). O fato é que, a caminho dos enta,
perdida não estou. Se sou loba?! Francamente: tudo é questão de
ponto de vista.
Gostei muito!!! E dou licença sempre :)! Concordo sobre isso da liberdade!!! Total!!!
ResponderExcluirTotal mesmo! Liberdade para ir e vir sem as "pudicices" da maior-idade recém conquistada.
ExcluirFAN-TÁS-TICO.............. MUITO MUITO MUITO BOM.... Adoro esse teu humor.
ResponderExcluirMinhas companheiras de trinta! somos fantásticas!
ExcluirMinhas companheiras de trinta! somos fantásticas!
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