sábado, 30 de janeiro de 2016

Um cigarro, por favor

Hoje eu sõ queria um trago. Absorver-me inteira, interiorizar-me. Inebriar-me de mim mesma junto com a fumaça doce de um sampoerna. Mas, acabou o cigarro. Acabou, assim como acabou a paz dos dias calmos. E tudo o que eu queria era um cigarro.

Tenho desejos simples e ambições amiudadas. Estaria feliz com uma casa própria, um carrinho pra passear e dinheiro no banco. Sou a brasileira mediana, que sabe ter que trabalhar para viver o glamour. Mas nem isso. Meus dias têm sido magros. Esgotou-se até mesmo a esperança.

Sou dessas que acredita em carma, vidas passadas e na bagagem que nos pesa a alma de uma vida para outra. Aliás, acredito mesmo em quase tudo, basta ser absurdo. E por acreditar nessas loucuras todas eu me nutro com um sem número de porquês, os quais me azucrinam dia e noite - ensurdecedores. Seria karma? Pequenas penalidades por comportamentos escusos de outras vidas? Ou só mesmo esse destino filho da puta que me quer aqui, prisioneira?

Eu só queria um trago. Pra libertar a alma, deixar voar, levar com essa fumaça as dores que me maceram a alma, tão carrascas.

Hoje eu só queria um trago...

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